Para mim, este é um dos lembretes mais desafiadores da vontade de Deus nas Escrituras. Eu devo perdoar outros! Quando eu recuso fazer isso, sou cortado do manancial de perdão que Deus tanto deseja me dar. Ao passo que perdoar outros nunca é fácil, Deus não somente deixou mandamento que fizéssemos isso, Ele também nos deu seu Filho como exemplo de perdão. Prometeu também nos capacitar para podermos fazer a Sua vontade pelo poder do Espírito Santo.
A verdadeira questão: Nós deixaremos e esqueceremos a amargura que guardamos contra certas pessoas que nos ofenderam?
Perdão é uma das atitudes mais nobres e puras que alguém pode expressar; é a manifestação mais clara do amor. Quando guardamos em nosso coração qualquer ressentimento, mágoa, ódio etc de alguém, por menor que seja, ficamos amarrados a esta pessoa por laços diabólicos e permitimos o assédio de Satanás, sofrendo ataques e retaliações no corpo, na alma e no espírito, além de vermos nossa autoridade fragilizada e um declínio em nossas conquistas.
Perdão é algo muito complexo e ao mesmo tempo tão fácil. Complexo, porque é difícil alguém reconhecer seu erro para que possa pedir perdão. Complexo, também, porque muitas vezes nosso "eu" não tem tanta facilidade em liberar o perdão para o outro.
Felizmente como somos cristãos cremos em alguém que tinha tudo para não perdoar, tinha tudo para se irar e permanecer assim; tinha tudo para se revoltar contra seus amigos e seguidores, pois o abandonaram depois de receber apenas o bem Dele. E esta pessoa em quem cremos foi traída por alguém muito próximo a ela, mesmo assim perdoou.
Ora, nós que somos tão cheios de defeitos, cometemos tantos erros, temos o dever de perdoar e liberar o perdão. É simples. Basta abrir a boca, mas, também, o coração, para que tudo se resolva; e o mais importante é que quando realizamos essa atitude de humildade perante o outro, o mundo espiritual se move em favor de nossas vidas e as amarras são soltas, as correntes se quebram...
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO PERDÃO:
1) O perdão é fruto da ação do Espírito Santo em nós:
É o Espírito que age no coração da pessoa ofendida, convencendo-a a perdoar. Também é verdade que o Espírito produz o arrependimento pelo convencimento do pecado de guardar ódio, rancor ou qualquer outro sentimento errado no coração.
2) O perdão não depende do arrependimento do ofensor:
O perdão tem que partir do ofendido, ainda que o ofensor não se manifeste no sentido de reconhecer seu erro, nem de pedir perdão (arrependimento e pedido de perdão).
3) O perdão não tem limites:
Foi isso que Jesus ensinou em (Mt 18:21-22). Um bom fariseu deveria perdoar até três vezes. Pedro achou o máximo perdoar até sete vezes, mas Jesus disse que o bom cristão deve perdoar indefinidamente!
4) O perdão reflete nossa obediência cristã:
É uma prova de fidelidade ao nosso Senhor, pois temos que dar testemunho a respeito d'Ele, através de nossas atitudes. Ele nos mandou fazê-lo e cumpre-nos obedecer. Obediência exige renúncia pessoal. Obediência a Deus não depende dos nossos sentimentos ou emoções, e sim do nosso caráter e compromisso com Ele (gostando ou não!).
Por isso devemos pedir perdão, confessando nosso arrependimento e sentindo-nos liberados diante de Deus e da nossa consciência, mesmo que o outro não queira nos perdoar.
Autor: João Placoná
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